domingo, 28 de abril de 2013

Revoltillo de huevos…


…ovos mexidos ou ainda se preferirem, des oeufs brouillées.

Contava ter no frigorífico proteínas de origem animal para o jantar, carne, mas não, já a tinha comido sem me lembrar. A falta de melhor, deitei mão a esta receita de combate, comum a três culturas de influência latina: a nossa, a espanhola e como uma desgraça nunca vem só, a francesa. Temos mais em comum do que parece, mas isso fica para a próxima, para já, são os ovos mexidos para salvar a jantar da eremita.

Ingredientes.

3 ovos, 2 colheres de sopa de queijo ralado qualquer um, 120 gr de champignons de Paris laminados, (cogumelos brancos) 20 gr de manteiga, salsa, cebolinho, azeite, sal e pimenta moída de fresco ao gosto.

Preparação.

Bater os ovos com sal e pimenta. Saltear os champignons numa sertã com um fio de azeite e reservar. Na mesma sertã, ou noutra, em lume brando adicionar a manteiga, ao derreter verter os ovos e espalhar suavemente o preparado pela sertã com uma colher de pau e deixar cozer ligeiramente. Juntar a salsa e o cebolinho picados e revolver com a colher de pau todo o preparado.

Servir quente polvilhado com o queijo ralado. Acompanhei com pão frito em azeite de alho.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Chutney de manda…


…e a dificuldade de fazer um agridoce com a fruta indiana do amor.

Será o amor o primeiro ingrediente? Bem, ele é o elemento primordial da vida, o certo é que apesar da pouca dificuldade em fazer este agridoce, ele é difícil de obter um resultado satisfatório.

Este agridoce é de origem indiana, é usado para acompanhar com carnes assadas ou grelhados, e é um dos principais símbolos da culinária indiana.

Uma lenda indiana conta que a primeira mangueira nasceu das cinzas de uma princesa, que foi queimada por uma feiticeira. O imperador se apaixonou pelas flores dessa mangueira e consequentemente por seus frutos. Quando a manga amadureceu e caiu no chão, a linda princesa emergiu de dentro da fruta. Por isso, a manga é considerada o símbolo do amor na Índia.

A qualidade da manga é essencial para o sucesso, mas a partir desta altura do ano não é difícil de encontrar com qualidade, ou seja, maduras e sumarentas.

Ingredientes.

420 gr de polpa de manga (manga limpa) cortada aos cubos médios, 120 gr de açúcar mascavado, 150 ml de vinagre de maça, 2 cm de gengibre, 1 dente de alho, 1 pau de canela, 2 cravos da índia, 1 colher de sopa de azeite, sal e pimenta moída de fresco ao gosto.

Refogar durante 2 minutos o alho e o gengibre, adicionar o vinagre, o açúcar, a manga, temperar e deixar levantar fervura. De seguida reduzir para lume brando e deixar cozer durante 50 minutos aproximadamente. Durante os primeiros 20 minutos tapado depois retirar o testo para que a calda engrosse.

Entretanto esterilizar um frasco ou dois para reservar o chutney. Este preparado rende 650 ml, dependendo da manga.
   

domingo, 21 de abril de 2013

Pesto...

...à rúcula.

Podemos fazer pesto com várias ervas aromáticas, a mais comum é o basilico, mas fiz esta com rúcula que é muito usada para este efeito.

Ingredientes.

100 gr de rúcula, 2 dentes de alho, 2 colheres de sopa de pinhões, 75 ml de azeite 25 gr de parmesão, sal e pimenta. 

Dentro do almofariz colocar o alho, o sal, uns grãos de pimenta e os pinhões ligeiramente dourados no forno e moer. Juntar a rúcula aos poucos e moer. Quando a rúcula estiver moída adicionar o queijo. Juntar o azeite gota a gota até o incorporar ao preparado. Uma vez obtida a consistência do preparado adicionar o restante azeite em fio.

Em vez do almofariz pode utilizar um liquificador. 

Pode reservar no frigorifico durante alguns dias.

Crepes de couve recheada com ervas aromáticas..


...molho de natas e pesto de rúcula.



A couve recheada é um prato comum em muitos países do mundo principalmente os Slavos. O tamanho do preparado e o recheio varia conforme o país. Em França a chou farci é comum a várias regiões sendo as mais original a de Poitou-Charentes.

Para esta primeira experiência tomei como ponto de partida uma receita publicada no site da revista marmiton. A receita é de origem irano-armeniana à qual aportei alguns ingredientes e ao mesmo tempo enrolei a couve em forma de crepe. Com esta receita irei participar no passatempo http://maisumsobreculinaria.blogspot.fr/2013/04/6-aniversario-e-um-desafio.html
  
Ingredientes.

200 gr de cebola picada, 100 gr de arroz, 1 tomate, 200 gr de carne moída, 6 folhas de couve verde, 10 cl de natas, água, azeite e sal q.b.
Da minha parte adicionei um dente de alho, uma pitada de açafrão, piripiri, rás-al-hanot e pimentão-doce.

Ervas aromáticas.

Um bom ramo de salsa, ½ de coentros, um pouco de cebolinho, duas folhas basilico e duas de menta, tudo finamente picado.

Preparação.

Refogar a cebola e o alho e adicionar o arroz. Envolver bem e deixar um pouco e juntar o tomate limpo de pele e grainhas aos cubos, e a água em proporção duas vezes ao arroz. De seguida juntar a carne moída. Temperar, envolver, tapar e cozer em lume brando durante 12 minutos. Durante este tempo se adicionar uma ou duas colheres de água quente ao preparo se achar necessário. No fim, adicionar as ervas aromáticas mexer e reservar.

A parte cozer as folhas da couve limpas do nervo central do talo, justo até estarem ao dente, se preferir pode deixar cozer mais.

Depois mete-se o recheio com uma colher de sopa no interior da couve e enrolasse metendo os bordes laterais para dentro à medida que se enrola. Prende-se com um palito.

No fim coloca-las dentro numa panela com as natas e vai a cozer em lume muito brando durante 30 a 40 minutos, até as couves absorverem parte das natas e a restante engrossar. Convém virar os crepes durante a cozedura.

E pronto, servir quente com o molho da nata. Pode acrescentar um pouco de queijo parmesão ralado ou queijo da ilha, ou acompanhar com pesto.

domingo, 7 de abril de 2013

Cuscuz com molho à bolonhesa



Bem isto foi tudo de enfiada, fiz o molho, e agora é pau para toda obra. Mas não cedi à tentação de experimentar e ainda resta molho para outra experiencia.

Ingredientes

200 gr de cuscuz, 200 ml de água, sal, azeite e claro o molho.
Colocar ao lume a água e temperada com sal. Medir ou pesar os cuscuz e verte-los dentro de um recipiente. Ao levantar fervura despejar a água sobre os cuscuz mexer, tapar e deixar que estes absorvam a água, 5 minutos.

Depois juntar o azeite e com um garfo misturar bem. Devem ficar soltos e não demasiado engordurados. 

Servir quentes com o molho.

Curgete recheada com molho à bolonhesa.




A receita do molho esta no post anterior.

Ingredientes  

1 Curgete madura mas firme, queijo parmesão e molho à bolonhesa.

Preparação

 A curgete é cortada ao meio longitudinalmente e limpa de sementes com uma colher de sobremesa. Recheamos a cavidade com o molho e levamos ao forno durante 30 minutos a 200º C. O ponto crítico é a cozedura da curgete sem que ela perca a sua firmeza.

Servir abundantemente salpicada com queijo parmesão.

É uma boa entrada.  

Carne à bolonhesa…

…ou molho à bolonhesa.



Parece a mesma coisa, são duas coisas diferentes com algumas semelhanças.  Como assim? Pois é, são as contradições que surgem quando não conhecemos as bases. Carne à bolonhesa é a receita de carne com molho de tomate. Molho à bolonhesa, é o molho de tomate com carne; na primeira domina a carne e na segunda o tomate. Qual a melhor? As duas para fins de gustativos diferentes.

Hoje fiz pela primeira vez, a segunda, com algumas variações há receita, mas claro que as modificações estão previstas nas leis da gastronomia.

Ingredientes para o molho à bolonhesa.

250 gr de carne vaca, 100 gr de bacon, 2 cebolas, 2 dentes de alho,450 gr de tomate limpo, 1 dl de vinho tinto, 1 colher de café de concentrado de tomate, 4 folhas de aipo, basilico seco e rosmaninho ao gosto, sal, pimenta e azeite q.b.

Preparação

Fazer um refogado com a cebola e o alho durante cinco minutos. Adicionar o bacon e pouco depois a carne. Envolver até a carne mudar de cor, de seguida adicionar o tomate e evolver bem. Juntar o vinho e temperar. Deixar cozer até se dissipar o cheiro do vinho, baixar o lume para médio baixo, tapar e deixar cozer. Mexer de quando vez em. O tempo de cozedura depende de vários factores. Ir provando. No fim da cozedura destapar para engrossar o molho.

sábado, 6 de abril de 2013

Carne de porco em cebolada e caril


L´cuisine bouge toujours.











Inspirei-me numa receita da minha mulher que a mãe lhe ensinou; bifinhos em cebolada. Não me lembro em detalhe da receita delas, mas sei que era muito simples e saborosa. Basicamente era a carne de porco destinada a fazer rojões cortada aos cubos com cebola as rodelas e outros ingredientes tradicionais.

Mas a cozinha mexe e muda a cada momento, a cada impulso inventivo, a cada necessidade de prazer culinário, a cada mudança geracional, a cada época histórica; é isto desde o paleolítico superior e hoje o planeta está rendido à culinária, atravessando todas as classes sociais, mas em paralelo, a má nutrição mora ao lado. 
   
Vamos à receita.

Ingredientes

500 gr de carne de porco aos cubos (perna, mão), 250 gr de tomate limpo, 1 cebola grande as meias luas, 3 dentes de alho, 2 dl de vinho branco, 1 folha de louro, 1 colher de sopa de caril, 2 hastes de tomilho fresco, alecrim seco, piri-piri, pimentão doce, sal, azeite e água qb.

Preparação

É preparado em frio. Dispor a cebola cortada as meias luas no fundo da panela, agregar a carne, regar com o azeite e juntar os temperos, o vinho branco e envolver bem. Adicionar a água sem cobrir a carne. Levar ao lume tapado até levantar fervura e depois destapar durante uns minutos para o álcool do vinho se evaporar. Baixar para lume médio e tapar. Trinta minutos bastam para cozer. Corrigir os temperos e deixar repousar uns minutos antes de servir.

Acompanhei com arroz. Mas com as sobras na refeição seguinte, fiz esparguete que fico muito bom. Juntei água, ao levantar fervura, adicionei o esparguete, quando atingiu o ponto “al dente” retirei do lume e deixei repousar uns instantes antes de servir.

Vale a pena repetir adicionando talvez leite de coco, ingrediente que acompanha normalmente o caril.